Posted on 17 de setembro de 2021

  Ministério da Saúde publicou nota em que volta atrás sobre imunização do grupo de 12 a 17 anos sem comorbidades e instrui para que não seja feita a vacinação.

 A Vacinação contra a Covid-19 para adolescentes de 12 a 17 anos de idade, sem comorbidades, está mantida no Espirito Santo até segunda ordem. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), após o Ministério da Saúde divulgar uma nota informativa orientando para que este grupo não seja vacinado.

 O texto, que não traz explicações, restringe a vacinação a três perfis específicos: adolescentes com deficiência permanente, adolescentes com comorbidades, e adolescentes que estejam privados da liberdade.

 A nova diretriz contradiz outra recomendação publicada pelo Ministério no último dia 2, que recomendava a vacinação para esta faixa etária a partir do dia 15, e ocorre em um contexto de aumento dos relatos de falta de vacinas no país, sobretudo para a segunda dose.

 Em nota, a Sesa reforçou “que a vacinação dos adolescentes está mantida no Estado até posicionamento oficial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que é a reguladora com a reguladora com a competência de definir a autorização do uso de imunológicos”.

 A informação já havia sido esclarecida pelo secretário Nésio Fernandes, em publicação nas redes sociais, onde aponta que “a NI é vaga e não é explícita: não suspende, nem contra-indica a vacinação de adolescentes.

 Nésio frisa que é de competência da Anvisa definir a autorização, e que as vacinas da Pfise já estão autorizadas para o uso em pessoas com idade entre 12 e 17 anos. Além disso, observou que o estado e municípios receberam quantitativos assimétricos de vacinas ao longo do ano, o que permitiu que alguns pudessem avançar nos grupos já definidos, entre eles os adolescentes. É o caso de algumas cidades do Espirito Santo, que começaram a vacinar adolescentes nesta semana.

 Diante da situação, o Concelho nacional de secretarias de saúde (Conass) e o conselho nacional de secretarias municipais de saúde (Conasems) solicitaram, na manhã desta quinta-feira (16), um posicionamento da oficial Anvisa acerca da discussão.

“O Conass não pediu suspensão da vacinação dos adolescentes, recomendamos priorizar o reforço aos idosos. Com o critério arbitrário de 6 meses de prazo da D2, poucos idosos são aptos ao reforço, o que leva a disponibilidade de doses para outros grupos”, frisou Nésio, que é vice-presidente do órgão da região Sudeste.

Fonte: agazeta.com.br